domingo, 15 de junho de 2014

Lama, muita lama!!! Haka Race Ribeirão Pires...

Na véspera da prova choveu muito e já digo que o percurso das trilhas ficou mais emocionante e difícil ao mesmo tempo, bem, eu sempre digo para meus amigos que trilha tem que ter lama, mas tinha lama pra cima do joelho, kkkk.

Vamos do início, nem dormi na véspera, estava pilhado, não tem jeito, cada prova é uma prova, na véspera já tratei de trocar os pedais da bike, usamos como estratégia o pedal comum para não ter que carregar sapatilha e/ou tênis extra = peso extra, além de eu ter que fazer a revisão na passagem das marchas e a lubrificação da corrente lá pelas tantas da noite, também troquei os pneus slick´s pelos de cravo, só que montei o dianteiro errado, com o sentido de rodagem invertido, aí ficou para eu arrumar no sábado mesmo, dia da prova, antes da largada.


Amanheceu e fui encontrar meu amigo Nilson para irmos à prova juntos, ele me seguindo de carro e teve a curiosidade de fotografar o meu bom e velho fusquinha na estrada à caminho de Ribeirão Pires para mais uma prova;
Chegando no local do evento já encontrei com a equipe e levei minhas tralhas para perto do carro base, ficamos por lá arrumando as coisas, verificando o mapa, trechos, distâncias e equipamentos, a ansiedade estava forte pois seria a 2a etapa e pelo mapa parecia que ir ser bem difícil, e foi!

A largada para os quartetos foi separada, sendo 2 iniciando com corrida até o posto 1 para pegar o caiaque e os outros 2 aguardariam uns 40 minutos para largar de bicicleta, neste caso eu e o Dacio ficamos para o pedal e o Cassio e Robson foram para o caiaque.
Um registro da bomba que ajudou na troca e calibragem do pneu, além do camelbak e capacete, itens indispensáveis para este tipo de prova;
Esse foi o mapa que recebemos, aqui ainda não está marcado com as quilometragens e trechos, mas nesta etapa foram 10 PC´s (Posto de Controle);

Bem, iniciando a prova o Cassio e Rob foram correndo para o caiaque e eu fiquei aguardando a largada de bike junto ao Dacio, as 9:30 foi dada a nossa largada com o carro madrinha, seguimos pelas ruas do bairro sentido à estrada, após este trecho seguimos sozinho até o PC1 para encontrar o final do caiaque, as equipes que chegavam deveriam subir barranco acima com o caiaque e eu tratei de descer o barranco para auxiliar a minha equipe, mas enquanto eles não chegavam eu ficava ajudando as demais equipes que chegavam, muito barro e muita gente escorregando, nossa dupla chegou após alguns minutos e quando chegaram já informaram que nosso ponto fraco é o remo, kkkk, essa experiência eu tive na outra etapa e é bem difícil remar em caiaque duplo, enfim, subimos o barranco e começamos o trecho de 14 km até o PC2, só que para chegar lá só tínhamos 2 bikes e éramos 4 atletas; O que fazer? bem, 2 corriam e 2 pedalavam, mas nas descidas valia a carona no canote da bike, depois copiamos uma estratégia de outras equipes, enquanto um corria o outro pedalava bem pra frente e largava a bike aí o corredor chegava e pegava a bike e pedalava ultrapassando o outro corredor da equipe e se repetia até chegar ao próximo PC, recuperamos algumas posições e o próximo PC seria todo em corrida em estrada ou trilha.

Do PC3 ao PC5 eram só em trilhas, entramos em uma trilha e nos deparamos com muito mato, barros e obstáculos, haviam outras equipes junto de nós, acho que isso nos atrapalhou um pouco na navegação pois erramos uma entrada e seguimos por outro caminho o que nos atrasou em 1:30, ficamos perdidos e caminhando no rio, até que o Cassio que é o nosso tutor sugeriu voltarmos tudo e redirecionar o mapa utilizando a bussola, deu certo, chegamos ao PC3 e posteriormente seguimos ao PC4 que era o rapel, mas até chegar ao rapel passamos por muitos obstáculos, mata fechada, bastante emocionante e em meio a natureza intensa.


Aqui eu ligando a GoPro para filmar a descida;

Após o rapel voltamos às trilhas, caminhando nas águas geladas ou em trilhas beirando o rio e cachoeiras, muitos escorregões na lama e muitas risadas também. Passamos no PC4 e seguimos de volta à estrada para pegar as bikes no PC5, hidratamos e seguimos para o PC6, este PC ficava na trilha da macumba, chegando nesta trilha e ficamos animados pois seria um pedal em trilha com lama, mas não durou muito tempo pois já encontramos jipes e muita lama, muito facão e água acumulada o que não permitiu grandes pedaladas, era mais empurra, puxa e escorrega na lama, mas estava divertido e desafiante ao mesmo tempo.

Segue algumas fotos que consegui tirar dos trechos de muita lama, algumas só empurrando a bike pra passar, eram tão profundas e escorregadias que até a pé era difícil passar...
 Acho que essa magrela nunca viu tanto barro;
 + barro;
 + barro;
 alguns sorrisos, bom humor e muita dor (câimbra);

Passamos por muita lama e subidas insanas, trilhas ingrimes com subidas e descidas mas cumprimos os PC´s 7 e 8, seguimos em direção ao PC9, o ritmo já não era o mesmo, nosso tempo de prova já estava alto, nossa água já estava no fim e o cansaço era grande, nossos companheiros Robson e Dacio já sofriam ou com fortes câimbras ou com dores no joelho por conta das trilhas, seguimos como guerreiros, erramos novamente uma saída para o PC10 e quando percebemos o erro já era tarde, não tínhamos forças para voltar, as câimbras eram constantes, já era noite e por segurança seguimos para o final da prova.

Após o PC9, paramos um pouco para descansar e tentar chegar no PC10, só que não rolou, a noite já estava chegando, o frio e cansaço também...
Um pouco da situação que ficamos após a última trilha, agora era só asfalto;
 
paramos no posto de combustível para o Rob descansar um pouco, fortes câimbras e uma coca-cola gelada para ajudar na recuperação da equipe, faltavam 4 km para chegar à cidade;
Assim ficou meu tênis (presente na namo-esposa), muita tração, conforto e segurança nas trilhas, mesmo assim minha unha não resistiu, kkk. :(
Após quase 10 horas de prova e mais de 45 km rodados (fizemos a categoria Sport 35 km), chegamos ao final da prova, com muitas estórias para contar e experiência, erramos e acertamos, sabemos que não é só correr e ser rápido, temos que navegar e ter calma e foco, respeitar os limites do seu corpo e respeitar os limites do parceiro, apoiar e estimular os parceiros, quando tudo parecer estar perdido o melhor é se acalmar e voltar ao último ponto de origem e recomeçar, isso é prova de aventura, isso é o Haka Race!
Obrigado equipe CaWiRoDa por mais esta prova e experiência!

Abs,

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Preparativos para o Haka Race - 2a etapa

Neste próximo final de semana, dia 7/Junho, farei a 2a etapa da prova de aventura do Haka Race, será em Ribeirão Pires, há apenas 40 minutos da Capital de SP.

Vamos repetir o quarteto, cito, Cassio, Eu, Robson e Dácio, treinamos algumas vezes juntos desde a primeira etapa, não tanto quanto gostaríamos mas cada um treinou individualmente para manter o condicionamento, sei que nesta etapa não teremos problemas de caibras, assim espero, o clima/ temperatura promete frio, a região de Rib.Pires costuma ser fria, mas a largada só acontece as 9hs e então o clima pode melhorar, se bem que prefiro um pouco de frio para manter o corpo refrigerado.

O kit já foi retirado, agora é revisar o equipamento e fazer o check list de tudo pra não faltar na prova, afinal item faltando tem penalidade. São 11 equipes e a disputa será acirrada mas iremos fazer no nosso melhor para chegar bem e curtir a prova e os amigos.

Após a prova voltarei aqui para postar mais esta experiência!

Abs,