sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Cadê a sua caramanhola?

Aqui vai um artigo interessante sobre a importância da hidratação no ciclismo e onde colocar a sua hidratação, acho que este tópico serve mais para quem pedala longões do que para quem passeia mas fica a dica da importância da hidratação no ciclismo e em qualquer outro esporte.


Eu não tinha visto este artigo antes de ajustar minha bicicleta speed, mas por coincidência acertei no posicionamento das minhas caramanholas. Acho que eu acertei na escolha por ter tido a experiência de sofrer em alguns treinos, falta de hidratação e ausência de suporte adicional de caramanhola, ou seja, eu apenas carregava uma caramanhola de 750 ml para um pedal de 3 horas, mas isso foi resolvido ao comprar um suporte duplo para caramanhola e que instalei no selim, instalei também uma borrachinha no clip do guidão para colocar outra caramanhola com canudo (torpedo cage).


Abaixo segue o artigo, link e créditos:


Por Maximilian


A importância da hidratação durante a etapa de ciclismo em provas longas (vamos dizer Long Distance, 70.3 e Ironman) já foi extensivamente debatida; todos sabem - ou ao menos deveriam saber - que é necessário ingerir uma determinada quantidade de líquido, variável de atleta para atleta, para os 90 ou 180km. E sabem também, baseado na experiência adquirida em treinos longos e nas besteiras que os outros fizeram ao longo dos últimos 30 anos, que essa quantidade de líquido é bem maior do que conseguimos ingerir antes da prova, além de eventualmente a natureza desses líquidos ser mais complexa do que bebidas prontas oferecidas no caminho podem prever.


Onde levar, então, toda esse líquido extra que iremos precisar? As respostas estão materializadas em nomes sofisticadíssimos: Aero Drink, Torpedo Cage, Sonic Wing, Hydro Tail, Aero TT Bottle, e por aí afora. Uns vão na frente, outros no quadro, outros atrás do selim, e todos prometem manter você hidratado sem roubar aquelas linhas aerodinâmicas que tornam sua bike tão bela e sua conta tão vermelha.


O que essas promessas querem dizer, na realidade, é que cada um desses sistemas de hidratação aerodinamizados irá deixar sua bike menos lenta do que levando um galão de 10 litros amarrado em um bagageiro, mas nunca tão rápida quanto sem eles. Seria como transformar uma Ferrari em carro-pipa, ou um guepardo em camelo, esperando que não houvesse perda de velocidade. Não se trata de ceticismo nem implicância, mas de leis da física que nem o marketing mais sofisticado consegue mutar.


Com base nessa premissa - a de que quanto mais água levamos no quadro, mais arruinada fica a aerodinâmica, e por conseguinte menos free speed nós temos - e em outra igualmente importante - a de que um atleta desidratado não tem energia para pedalar direito - é aconselhável dosar com muito carinho o quanto de água REALMENTE é preciso levar na bike. Esse ponto ideal é o que fica bem no meio de dois extremos totalmente indesejáveis: pedalar a última hora sem nada de líquido sobrando (sei por experiência própria como é, e não desejo para ninguém), ou chegar no final do pedal com 3 caramanholas cheias de água ou isotônico quentes - o que equivale a ter carregado, sem precisar, 1 kilo e meio de lixo.


Para os que estão ainda na busca dessa quantidade ideal, um lembrete: dificilmente será necessário levar na prova tanto líquido quanto se leva em treinos, já que nesses normalmente não há apoio ou abastecimento no percurso. Nas provas decentes, costuma haver água e isotônico em postos de abastecimento intercalados a cada 30 ou 40km, talvez menos, nunca mais.


Fast Forward. Vamos dizer que você achou esse ponto ideal, e sabe direitinho quanto e o que levar de bebida para o seu pedal na prova. Agora vem a grande questão hidroexistencial:


ONDE COLOCAR O LÍQUIDO


NA FRENTE, PRESO AO CLIP: eu conheço 3 sistemas viáveis hoje para esse fim: Aerodrink, Aquacell e Torpedo Cage. O primeiro sistema é excelente para a reposição de líquidos gelados durante o percurso, já que é possível virar a bebida recebida nos postos de abastecimento direto dentro dele. Além disso o consumo do líquido é fácil, via canudinho. O lado negativo é que cria um obstáculo considerável na frente da bike, prejudicando assim a aerodinâmica original. O segundo é uma versão inchada do Aerodrink, com capacidade para dois líqudos diferentes. Aumenta consideravelmente a autonomia, e o arrasto. Acho boa para quem quer comodidade nos treinos, mas meio trambolhuda para provas. O terceiro é uma solução recente para diminuir o arrasto: a caramanhola fica deitada no clip, apoiada em um suporte de carbono. A frente da bike fica mais limpa, a autonomia é praticamente a mesma do Aerodrink, porém é menos prático, porque não havendo canudo é preciso retirar a caramanhola do suporte para poder beber. Acredito que todos esses sistemas "frontais" servem idealmente para receber o líquido gelado que será distribuído e consumido durante a prova.


NO QUADRO: É o lugar mais comum, embora do ponto de vista aerodinâmico o pior de todos. Atualmente além das caramanholas tradicionais em forma de garrafa, existem as aero, que sugerem um arrasto menor. A Xlab faz uma - Aero TT Bottle, e creio que a Bontrager faz outra semelhante. O quadro é interessante para colocar-se a Mistura Que Levamos de Casa - aquela poção mágica que nenhum fabricante de energético ou isotônico do universo foi capaz de produzir. Quem chegou mais perto foi a Madame Min, mas o morcego dela morreu experimentando (sobre esse tema Poções Caseiras, qualquer dia dedicaremos um interessantíssimo tópico).


ATRÁS DO SELIM: Aqui o nome do fabricante e do produto pode variar, mas o resultado é sempre o mesmo: um suporte preso ao selim ou ao canote, e dois porta-caramanholas presos ao suporte. Nesses dois suportes, podemos colocar um meio a meio em relação ao que foi dito acima: em um vai a garrafinha que recebemos durante a prova, em outro a poção caseira. Alguns desses sistemas permitem ainda levar CO2, gatilho do CO2, e uma bolsa com pneus tubulares, espátulas, dinheiro e celular. Com boa vontade ainda cabe uma marmita, rede, cadeira de praia e mesa de campanha. Ahhh...a tristeza que me dá em ver uma bicicleta de contra-relógio transformada em motor home....


A SOMA DAS PARTES


Na frente + no quadro + atrás do selim: pra quem sofre de sudorese intensa, ou tem medo de morrer de sede, tudo bem. Fora isso, acho um tremendo exagero, se levarmos em conta o que é distribuído ao longo da prova.


Na frente + no quadro: boa opção para provas de 90km. No quadro vai a poção, na frente o líquido fresco dos postos de hidratação.


Na frente + atrás: boa opção para IM. Bebida fresca na frente, poção + outra bebida fresca atrás (ou 2 poções atrás)


No quadro + atrás: idem acima, para quem não gosta de nada atrapalhando na frente da bike e não faz questão de beber direto do canudinho.


OBSERVAÇÕES:


- escolha com critério o porta caramanhola traseiro; vários modelos que foram feitos originalmente para o quadro e portanto desenhados para levar garrafas na posição inclinada, não reta, são colocados atrás. Com isso acabam cuspindo a caramanhola, o que é ruim para quem fica sem o líquido, e pior ainda para quem vem na cola e acaba levando um tombo ao passar em cima da garrafa; os porta caramanhola de carbono, se não forem apropriados, além de cuspir a garrafa acabam quebrando;


- teste todas as combinações possíveis e imagináveis durante os treinos longos. A formula mágica é a que funciona para você, independente do que os outros falam ou usam; é preciso ter auto-confiança para chegar no check-in do IM com uma caramanhola e um torpedo-cage....


- um desses pontos de hidratação deve sempre ter, no meu entender, água fresca. Nada pior do que ficar somente com isotônico(que dá sede) ou Malto e similares (que alimentam mas não matam a sede).


link do artigo original: http://www.royaltri.com/2010/06/hidratacao-onde-e-o-que-levar-na-bike.html


Com Água ou Isotônico leve sempre sua caramanhola!


Abs,

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