CICLISMO - 180 km: Sai
caminhando, sem pressa mesmo, encontrei a bike tranquilamente, calcei a meia e
peguei a bike, fui trotando com ela até a área de montagem, cheguei lá e subi
na bike pra pedalar, logo calcei a sapatilha e estava indo para a estrada
pedalar.
Na bike já fui passando por alguns atletas, a idéia era
fazer meu ritmo de treino e segui pedalando, como foi o primeiro iron tudo era
novidade, segui pedalando pela rodovia, imprimindo ritmo e velocidade,
passagens pela esquerda e com foco pra não errar nos movimentos, evitando assim
alguma queda ou desgaste de energia, fui tomar meu primeiro gel com 20 minutos
de bike, esse era o plano e o que eu havia treinado, e a cada hora de pedal
mais um gel e goles de maltodextrina quando eu sentia necessidade de liquido,
acho que a cada 20 minutos, peguei água e isotônico apenas em alguns postos de
hidratação, também havia banana cortada, peguei uma vez apenas, a brincadeira
estava só no começo, peguei a SC 401 e logo vieram as subidas, não me
intimidei, baixei a marcha dianteira e a traseira, ficando assim com uma marcha
confortável e embalei para subir, depois fui subindo as marchas traseiras e
pedalando sem parar, passei atletas com bikes de carbono e com 9 ou 10
velocidades, a minha tem apenas 8 velocidade e é de alumínio com algumas peças
em carbono, subi a primeira e desci sem frear e sem pedalar, acho que há uns 45 km/h , depois veio a reta
e segui pedalando e ultrapassando atletas, logo à frente a outra subida, mais
longa e mais íngreme, segui a mesma estratégia anterior, baixei marchas e
apenas subi a marcha de trás pra ficar mais leve e confortável, desta vez
pedalei alguns momentos em pé, mas continuei passando vários atletas e logo
estava no topo da subida e nova descida adiante, também desci sem pedalar mas
usei o freio pois tinha uma curva grande, quando passei a curva soltei o freio
e pedalei forte pra embalar, o próximo trecho era acessar o viaduto e retornar
sentido UFSC, foi tranqüilo, subi, desci e pedalei até a UFS retornando sentido
beira mar, na beira mar sorri e olhei para o mar sentindo a brisa e o sol,
pessoas no calçadão passeando, correndo e pedalando, continuei pedalando e veio
o viaduto para acessar o túnel sentido aeroporto, subi bem, passei mais atletas
e quase chegando no túnel o Rafa me passa no sentido contrario e grita, ele me
viu e eu não o vi, acho que eu estava muito focado, ele devia estar uns 15 km na minha frente, só
gritei pra ele em forma de resposta e segui, lá tinha que virar em uma pista
paralela e depois retornar, também era o acesso da special needs (bolsa auxilio
da bike), eu não precisava pegar nada e então apenas cumpri o trajeto, até este
trecho eu estava cumprindo 45
km de 180
km , ou seja, teria mais uma volta desta pra fazer, fiz o
trajeto e voltei, acesso pra voltar a avenida beira mar e depois pegaria o
viaduto para voltar à SC 401, trecho inicial plano e as vezes com pouca
inclinação, mas adiante àquelas descidas do inicio se transformaram em subidas,
e que belas subidas, no inicio fiquei preocupado pois eu apenas tinhas 8
velocidades na bicicleta, lembrei dos dois treinos em Romeiros (apenas subidas
na volta), e então fortaleci a mente e pedalei, passei muitos atletas, isso me
deixava feliz, pois eu estava bem treinado e condicionado e não
desclassificando os outros atletas, cada um tem seu objetivo e quando cito que
passei atletas a sensação é de que eu estava bem e que poderia seguir o meu
objetivo, voltando às subidas, logo à frente nova subida e pior ainda, pedalei
e pedalei, desci pedalando e a velocidade subindo, logo passo pelo posto
policial que também tem um posto de hidratação, encontro com a Tathi-esposa e o
Emerson Vilela, tirando fotos, sigo pedalando, estes pequenos encontros dão um
gás a mais, o próximo trecho é seguir adiante na SC 401 até Canasvieiras e
depois retornar para acessar a SC sentido Jurerê e Daniela, neste trecho tem
uma pequena subida, segui pedalando e com ritmo, em alguns momentos eu pensava
que não seria legal furar o pneu e então eu ficava na linha da pista que
marcava o pneu dos carros, parte mais gasta e não tanto nas laterais,
felizmente não tive pneu furado, fiz o retorno em Canasvieiras, acessei a SC
via Jurerê e logo fiz o retorno para a segunda parte do trajeto, pensei, já
foram 90 km
e agora é fazer tudo de novo e aproveitar, curtir, fui e fiz, nas descidas
aproveitei mais e pedalei pra chegar há 60 km/h , encontrei o Rafa novamente, desta vez
dentro do túnel, gritei pra ele; - Vai Fandango!!! RS estávamos usando o top
Mevilela na cor amarela, RS. Tentei manter o ritmo, não senti vento contra,
pedalei, peguei algumas garrafas da Gatorade que tinha água pensando em guardar
pra Tathi e guardei uma na bike, nesta segunda volta da bike foi tranqüilo, bem
focado também, como havia feito uma volta de reconhecimento eu já sabia alguns
pontos pra pedalar mais rápido, e nos últimos cinco quilômetros pra fechar os 180 km eu pedalei há uns 38 km/h e em alguns pontos
chegando há 41 km/h ,
passando muitos atletas na rodovia, uma sensação incrível, pois eu estava muito
bem e abaixo do meu tempo previsto, entrei na avenida do búzios, que chega à
cidade do iron, soltei o velcro da sapatilha e tirei os pés, pisei na sapatilha
e pedalei os últimos metros, depois me apoiei na lateral para desmontar, foi
super tranqüilo, sai sem estar com as pernas duras, entreguei a bike para o
staff e disse; - Cuide bem da minha guerreira! “bike”, segui andando ou
trotando até a tenda pra pegar meu tênis, géis e viseira pra iniciar a
maratona, guardei o capacete na sacola e fui.
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